Ano de 1980, nos rincões da Amazônia Ocidental, Vilhena era uma pequena cidade “cercada por uma floresta e a 750 Km da civilização mais próxima, a cidade vivia o ciclo da madeira, sem estradas, e Cuiabá a duas horas de avião Bandeirantes com onze lugares. Alcançá-la por estrada era quase impossível, pois trinta ou quinze dias eram necessários dependendo das condições do tempo ou da estrada para a viagem. Em Vilhena, nessa época, no fim do dia, uma coisa confortava, como ainda hoje, o pôr-do-sol, uma paisagem deslumbrante com a cor laranja violeta. Desde a primeira vez que se via, sucumbia-se a sua sedução. Ao cair da noite, acostumados que éramos à luminosidade de fraca luz dos bicos de lâmpadas, gerada por motores a diesel. Nada de luminosos ou pisca-pisca, somente as estrelas e a lua eram companheiras nas noites em que apareciam.

Aliás, a cidade às escuras favorecia somente o infinito” e neste cenário poeticamente descrito pelo maçom José Ivo de Azevedo Gambarra, uniram-se como verdadeiros bandeirantes os Irmãos  Carlos Duran Obregon, Benedito Pacheco, Nelson Pepino, João Pereira de Melo Neto, Valter Ribas, Icto Gomes, Alvino Vieira de Souza e Sérgio Santos Diniz, na noite de 29 de julho de 1980, em um barracão de madeira localizado na Av. Marechal Rondon, sob a presidência do primeiro em cumprimento a Prancha nº 1064-78/80 da Grande Loja do Estado do Amazonas – GLEAM, noite esta que nasceu a Águia do Planalto. Muitos foram os percalços encontrados por este desbravadores, mas que, tiveram outros tantos maçons valorosos que a eles se somaram para fortalecer as Colunas da Loja Maçônica Águia do Planalto.

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Com muito labor foi erguido seu Templo na Av. 7 de Setembro, construção em madeira, que teve sua Sagração em 26 de Março de 1982, para, no dia seguinte, realizar sua primeira iniciação de profanos na Arte Real, a qual fez parte o Irmão  Elcio Carlos Rossi, o qual, passados mais de 32 anos foi agraciado em 01.12.2014 com o primeiro título honorífico de Venerável  de Honra da Loja Maçônica  Águia do Planalto nº 03.

Em 1990, sob a batuta do então eleito Venerável  Mestre  Severiano Volpato, iniciou-se a edificação do atual prédio, substituindo-se a estrutura de madeira por uma imponente fortaleza que abriga um majestoso Templo.

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Ainda, a força e união de valorosos Maçons em torno dos verdadeiros ideais da Arte Real produziram à Sociedade Vilhenense bons frutos, com a fomentação da criação do Clube das Acácias de Vilhena em 23/05/1989; do Capítulo Vilhena da Ordem DeMolay nº 100 fundado em 25/05/1989 e instalado em 12/08/1990 e, posteriormente, do Capítulo Jean Clay da Ordem DeMolay nº 681 fundado em 05/03/2005 e instalado em 07/05/2005; do Bethel Rosas do Planalto nº 04 das Filhas de Jó fundado em 04/06/2002 e instalado em 15/06/2002; bem como, da sua maior responsabilidade filantrópica, o Lar dos Idosos Maria Tereza Da Lamarta em 24/06/1993.

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Esta jovem oficina que completou 34 anos de existência é o retrato do trabalho realizado por todos aqueles que, maçons ativos, integram seu quadro, mas, principalmente, por aqueles que adormecidos, desenvolveram trabalho inestimável em prol da Sociedade Vilhenense e da maçonaria universal. Por certo não foi um caminho fácil, as dificuldades havidas à época em razão da distância da sede da GLEAM, da precariedade das estradas e dos meios de comunicação, dentre outras mais, fazem daqueles maçons que idealizaram a Águia do Planalto homens à frente de seu tempo, visionários do progresso, guardiões das virtudes e empreendedores da filantropia.